Ao sentar-se na cadeira do dentista, o que é avaliado em você?

Exame do rosto

São observados: problemas de desenvolvimento dos maxilares, da musculatura do rosto e da mordida.

–> Esses problemas de desenvolvimento podem atrapalhar a estética, respiração, fonação, mastigação. Se bem diagnosticados, podem ser resolvidos.

Percepção de mau hálito

Ao identificar o problema, pode-se fazer uma avaliação mais criteriosa da higienização bucal, problemas periodontais, dentes com difícil acesso dentro da boca, possibilidade de xerostomia (baixo fluxo salivar), etc.

Avaliação da gengiva

A gengiva, junto com o osso alveolar, ajuda na sustentação dos dentes. Se há presença de inflamação, o dentista precisa tomar providências para reverter o quadro.

–> Sangue, vermelhidão, inchaço, alta temperatura e dor indicam inflamação gengival.

Avaliação dos tecidos bucais internos

São observados: presença de aftas, feridas em geral, cores incomuns, inchaço, locais doloridos.

–> Alimentos ácidos, queimaduras, danos mecânicos e alguma infecção sistêmica podem resultar nas características citadas acima. Lesões que não cicatrizam em duas semanas devem ser examinadas com uma atenção especial e acompanhadas. As lesões de câncer bucal, por exemplo, podem começar como uma úlcera indolor.

Observação do aspecto da língua

Para considerarmos que a língua está com aspecto normal e saudável, deve ser rosa, com uma superfície lisa e homogênea.

–> Alterações de cor, forma ou tamanho podem ser um indicativo de doença, desde anemia e falta de vitaminas até um câncer ou AIDS.

Análise de oclusão

O encaixe entre a mandíbula e a maxila e seus respectivos dentes devem ser bem observados.

–> Problemas de mordida podem passar despercebidos pelo paciente ou seus responsáveis, que costumam olhar apenas o alinhamento dental. Porém um profissional da área observa outros fatores que, ao serem tratados, melhora estética, mastigação, fonação, respiração e até eliminar eventuais dores de dente, músculos ou de articulação.

Observação do aspecto salivar

Observa-se volume, a viscosidade e a densidade da saliva.

–> O baixo fluxo salivar (xerostomia) pode causar mau hálito, facilitar aparecimento de infecções gengivais e cáries, além de causar amidalites, faringites, esofagites e até úlcera.

Inflamação na garganta

Uma inflamação na garganta pode ter consequências bucais.

–> Respiração bucal, mucosa ressecada e amídalas inflamadas são condições que podem estar interligadas. Além de alterar a respiração, as infecções da amígdala podem provocar problemas no desenvolvimento da arcada dentária e dos músculos faciais.

Avaliação da articulações temporomandibulares (ATMs)

Observa-se a presença ou não de dor nas articulações e músculos da face, atenta-se a ruídos e desvios na abertura e fechamento de boca e o grau de abertura bucal.

–> Problemas com articulação podem ser resolvidos com ajustes na mordida, placas miorrelaxantes e/ou procedimentos cirúrgicos.

Avaliação dos dentes

Faz-se um check-up geral, a fim de encontrar lesões de cárie, ausências dentárias, pigmentações, fraturas, cavidades, mobilidade e problemas endodônticos.

–> Com essa avaliação completa, é possível se fazer um planejamento ideal que pode incluir restaurações, próteses, extrações, tratamentos de canal, clareamento, entre outros.

Higienização Bucal

A limpeza é quase sempre incluida nos procedimentos realizados pelo dentista. Verifica-se a necessidade ou não de se fazer uma orientação de higiene bucal. Posteriormente pode ser feito um polimento dos dentes para deixá-los com aspecto mais liso e brilhante.

–> Se o paciente apresentar apenas placa bacteriana amolecida, a limpeza será simples, com raspagem da superfície dental, próxima à gengiva, para a retirada de restos de alimentos e outros resíduos. Essa limpeza serve para evitar o acúmulo de placa bacteriana e, consequentemente, o surgimento de cáries e problemas gengivais. Se houver placa bacteriana calcificada, é necessáia a utilização de ultrassom ou curetas cortantes para eliminá-la.